Crítica, Sangue e Fogo, Volume 1 , Parte 2

Sangue e Fogo,  Volume 1 , Parte 2



Autor:
George R.R. Martin

Editora: Saída de Emergência

Data de edição: 08/02/2019

Gênero Literário: Fantasia

Tradutor: Jorge Candeias

Ilustrador: Doug Wheatley  

Páginas: 397




Sinopse:

"A Casa Targaryen governa Westeros. O Velho Rei e a Boa Rainha morreram. Os herdeiros do Dragão perfilam-se para a sucessão numa época aparentemente tranquila. Mas as sementes da guerra ameaçam estes tempos de paz e a ambição levará a uma batalha feroz pela posse do tão ambicionado Trono de Ferro.

Porque foi a Dança dos Dragões tão devastadora para os Sete Reinos? Quem é o legítimo herdeiro do Dragão? E que papel desempenhou a Casa Stark nesta luta de poder?  Estas são algumas das questões a este livro dá resposta pela mão de um reconhecido meistre da Cidadela e das quarenta e seis ilustrações a preto e branco.

Sangue & Fogo apresenta pela primeira vez o relato completo da dinastia Targaryen, permitindo uma compreensão perfeita da fascinante, dinâmica e por vezes sangrenta história de Westeros.”



Tempo da Ação: A história do livro remonta para séculos antes dos acontecimentos presentes nas “Crónicas de Gelo e Fogo”, retratando os anos antecedentes e adjacentes à famosa Guerra Civil Targaryen, a Dança dos Dragões.

Ambiente da Ação: Ao contrário daquilo do que acontece na parte 1, a ação desenrola-se, um pouco por todo Westeros, visto que nos é narrado várias batalhas que aconteceram desde o sul de Dorne até ao Norte de Winterfell, sendo que os principais desenvolvimentos da história passa-se entre Porto Real e Pedra do Dragão. 

Personagens: Como típico dos livros do autor George R.R. Martin, este não fugiu à regra e está repleto com centenas de personagens que dão vida ao reino de Westeros, ainda assim o propósito desta obra é contar a história da Dança dos Dragões, pelo que vamos ver muitos personagens do lado dos Negros Rhaenyra Targaryen e do lado dos Verdes Aegon II Targaryen.


Pontos Fortes

  • Mestre Gyldayn

Após a leitura da parte 1 de Sangue e Fogo, considerei um ponto forte a história ser narrada pela perspetiva de um Arquimeistre de Cidadela. Este personagem acima de tudo, com as suas dúvidas e com os seus estudos torna a história mais compreensível e fácil de entender, visto que o autor George R.R Martin por vezes neste livro dá-nos várias versões de acontecimentos e é graças aos pensamentos de Gyldayn que o leitor é capaz de chegar o mais perto possível do que realmente aconteceu durante o período da Dança dos Dragões. 

Além disso grande parte da narrativa desenvolve-se a um ritmo rápido, com acontecimentos entusiasmantes intercalados, bem escritos e sempre com o toque "mágico" que só o autor sabe adotar nas suas obras, despertando não só no final dos capítulos a curiosidade do leitor, mas também em vários momentos específicos da obra.


  • Narrativa Contada em Várias Versões



Tal como se sabe, este livro é a continuidade direta do livro Fogo e Sangue parte 1, no entanto é óbvio que o principal foco da história é a narração e descrição dos acontecimentos decorridos durante o período da Dança dos Dragões. 

Deste modo o que mais me cativou nesta obra é o facto de a Dança ser contada em várias versões, sendo a mais perversa, a versão contada pelo Cogumelo, um anão que era bobo da família real e que portanto observou por perto os períodos mais escuros da história da família Targaryen, ainda que por vezes a veracidade das histórias contadas por este bobo sejam alvo de vários questionamentos, por causa da perversidade e complexidade dos acontecimentos narrados por ele, no entanto, não deixa de ser muito engraçado de os ler.


  • Narrativa e Desenrolar da História

Até agora apenas havia sido referenciado a Dança dos Dragões nos livros Crónicas de Gelo e Fogo, sem nunca ter sido narrado efetivamente o que aconteceu, pelo que, sendo eu um fã de GOT, estava extremamente ansioso e com grande espectativa para conhecer a história da famosa guerra civil Targaryen. 

Do ponto de vista geral, após a leitura deste livro, considerei a narrativa ao nível de todos os outros livros já escritos por Martin, uma narrativa extremamente fluída, com acontecimentos de tirar o folego e com a evolução dos personagens de uma genialidade que apenas o autor consegue dar às suas obras. 

Como é obvio também houve aspetos, que na minha opinião não fazem muito sentido ou são um pouco incoerentes com a história, mas isso irei abordar mais à frente nos pontos que considerei menos bons.


Pontos Fracos 

  • Morte de Dragões



Neste livro podemos comtemplar, o melhor período dos Targaryens, relativamente à abundancia de Dragões que havia durante os acontecimentos da Dança dos Dragões, podendo contar ao todo mais de 17 dragões, estando entre ele o poderoso dragão Vhagar, que pertenceu noutros tempos à rainha Visenya Targaryen.

Em todo o universo de Crónicas de Gelo e Fogo podemos vislumbrar o quão poderosas são estas criaturas beijadas pelo dom do fogo, tendo escamas completamente impenetráveis a lâminas comuns, e com garras e dentes que são capazes de rasgar qualquer coisas em segundos. 

No entanto durante a Guerra Civil Targaryen, quase todos os dragões existentes pereceram e na minha opinião alguns morreram de forma ridícula, dando a entender que o autor forçou a morte de alguns, visto que é sabido que após a Dança dos Dragões, nunca mais se vislumbrou nos céus criaturas tão poderosas como Balerion, Vhagar ou Meraxes.

  • Montadores de Dragões

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Durante a Dança dos Dragões, num dado momento acaba por haver mais dragões por montar do que Targaryens para o fazer. Dessa forma a ideia de Rhaenyra Targaryen foi encontrar pessoas da plebe ou da nobreza dispostas a tentar domar quatro dragões selvagens.

Embora tal decisão acarreta-se a morte de muitos aventureiros que aceitaram o desafio, no fim houve três plebeus que conseguiram domar três dragões. 

Na minha opinião a ideia de que pessoas normais conseguissem domar tais bestas, ridiculariza um pouco o poderio Targaryen, visto que até então apenas esta família conseguia montar Dragões. No livro tentam explicar este feito dizendo que os montadores de dragões eram bastardos e descendentes dos Targaryen, ainda assim mantenho a minha ideia de que o correto seria apenas os membros do núcleo Targaryen conseguirem tornar-se montadores de dragões.

Foto de Henry Söderlund

Classificação: 4/5😄


Bibliografia: 









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